quinta-feira, 1 de maio de 2014

CONCÍLIO VATICANO II - INTER MIRIFICA

INTER MIRIFICA: A comunicação ao serviço do Evangelho

O Decreto Inter Mirifica surgiu partindo de uma necessidade de orientar os cristãos e convocá-los ao reto uso dos meios de comunicação. Foi um modo encontrado para que houvesse o reconhecimento da importância da comunicação de massa como meio capaz de movimentar indivíduos e sociedades e o seu valioso auxílio para o desenvolvimento do ser humano e da evangelização. Nas próximas edições trabalharemos um pouco mais sobre este decreto.

No capítulo I o documento focaliza temas variados e mais genéricos. Já, de início, os bispos reconhecem a importância de a Igreja utilizar dos meios de comunicação para a evangelização, mas sempre respeitando o seu código moral e reto uso, nos conteúdos, na finalidade, no público e assim por diante. Deve também contribuir para formar uma reta opinião pública, pois todos têm direito à informação e à verdade.

Atenção especial deve ser dada aos jovens, não deixando de traçar linhas para todos os receptores e autores, aos quais cabem as principais obrigações morais, pois são os responsáveis pelos media. Por fim, chama a atenção das autoridades civis para os seus deveres de controlar abusos, garantir a liberdade de expressão, favorecer as boas iniciativas e defender o receptor.

A segunda parte do documento tem como tema central os meios de comunicação a serviço da missão católica. Incentivam e orientam, nesta parte, o uso dos meios de comunicação para o apostolado, para promover a boa imprensa, uma comunicação com valores e dignidade.

A Igreja deve preocupar-se com a formação dos autores, para poderem dirigir as produções e emissões. Deve ter meios de comunicação próprios, o que incentivou a criação de jornais, emissoras e programas radiofônicos e televisivos, livros, peças teatrais, filmes, etc. De igual maneira deve preocupar-se também com a educação dos receptores, para que sejam sempre mais críticos e seletivos.

A pregação da Palavra de Deus na cultura da comunicação não deixa de ser, sobretudo, nos tempos atuais, um desafio e uma necessidade e, talvez, o meio mais eficaz de chegar ao homem moderno e à chamada “geração digital”.

Que muitas novas iniciativas sejam tomadas neste campo, sempre em sintonia com o que nos afirma o Concílio: “A Igreja católica considera seu dever pregar a mensagem de salvação servindo-se dos meios de comunicação social e ensinar aos homens a usar retamente estes meios (IM, n. 3).

(Darlei Zanon. Fonte: Para ler o Vaticano II, Paulus 2012).

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